Texto e vídeo: Bruna Obadowski
Para quem mora na região central do Brasil é muito comum assistir ao cururu e siriri, representações da identidade mato-grossense. A cultura do cururu é tao intrínseca ao quotidiano mato-grossense que a viola de cocho (no cururu) tornou-se um dos motivos icnográficos que mais se destacam nessa seara aparecendo desde souvenires (porta-joias, chaveiros, pequenos enfeites) até como escultura em praça pública.
O Cururu é um ritmo musical, é o repente, um combate poético, um desafio em trovas ao som de violas caipiras. É poesia pura. Nasceu como canto religioso, marcado pela batida de pé. Nas festas religiosas o cururu é cantado e dançado somente pelos homens.
Na poetica visual que sugerimos, está a tradicional Festa de São Sebastião da Comunidade do Poço, no município de Santo Antônio do Leverger, promovida pelo cururueiro e devoto de santo, Senhor Ataíde.
Os cururueiros se reunem e acompanham muitas das festas religiosas da baixada cuiabana, é um belíssimo processo de hibridações, ruptura e continuidade de uma tradição bela e rica.
Parabéns pela iniciativa.