Maior mobilização indígena do país, ATL 2023 inicia nesta segunda (24)
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Da Redação
Foto: Kamikia Kisedje / APIB
Acampamento Terra Livre 2023 inicia nesta segunda-feira (24) em Brasília (DF) reunindo a maior mobilização indígena do país. Realizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), juntamente com suas organizações regionais de base. A programação será realizada entre os dias 24 e 28 de abril, e busca destacar a necessidade da demarcação das terras indígenas, pedindo o fim da violência e declarando uma “Emergência Climática” para lidar com o racismo ambiental e as violações de direitos decorrentes das mudanças climáticas.
Com o tema “O futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!”, espera-se que mais de seis mil indígenas estejam presentes no acampamento, que acontece na Praça da Cidadania em Brasília. Na programação também está prevista uma subida na rampa do Palácio do Planalto em uma crítica aos atos terroristas ocorridos no dia 8 de janeiro. Os indígenas pedem a retirada dos chamados “PLs da Morte”.
A programação do ATL 2023 inclui ainda mais de 30 atividades divididas em cinco temas principais: “Diga ao povo para avançar, Aldear a Política, Demarcação Já, Emergência Indígena e Avançaremos”. Os eixos envolvem plenárias sobre mulheres indígenas, LGBT+, gestão territorial e ambiental de terras indígenas, acesso a políticas públicas e povos indígenas em isolamento voluntário. Durante o evento, haverá três marchas pelas ruas de Brasília, incluindo uma em 24 de abril, que pedirá a derrubada dos projetos de leis anti-indígenas.
O ATL deste ano também servirá como um espaço para discutir as implicações do Marco Temporal para os direitos dos povos indígenas, com uma plenária marcada para o dia 27 de abril e uma vigília em frente ao Supremo Tribunal Federal no dia 26. A programação completa do evento pode ser encontrada no site da Apib.
O ATL é organizado pela Apib e construído em conjunto com suas sete organizações de base, incluindo a APOINME, a Arpinsul, a Arpinsudeste, a Comissão Guarani Yvyrupa, a COIAB, o Conselho do Povo Terena e a Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).